No passado dia 14 e 15 de Outubro estive na Quinta da Romaneira no Douro, a segunda maior quinta em expansão do Douro, para a comemoração dos seus 260 anos de existência.
A verdade é que nunca tinha pensado na razão dos vinhos do Douro serem mais caros e após visitar este local espetacular aconselho a todos os que apreciam vinho a visitar esta região que, aliás é Património Mundial, porque a razão torna-se aparente: o processo logístico para fazer resultar vinho destas vinhas deverá ser extraordinário. O custo associado será certamente mais elevado do que noutras regiões viti-vinícolas.
A Quinta da Romaneira, com a data no logo de 1757 é uma das mais importantes propriedades do Douro com a história moderna a começar em 2004 com a aquisição da quinta por um grupo de investidores privados. Sob alçada de Christian Seely e António Agrellos a Quinta da Romaneira tem vindo a assumir-se como nome de peso, tendo visto os seus vinhos a serem premiados e a sua grande qualidade reconhecida.
O principal vinho da Quinta da Romaneira é o Quinta da Romaneira Reserva, que tive o prazer de provar numa prova vertical, saboreando o vinho desde a colheita de 2008 até ao mais recente 2015, que ainda não foi lançado.
Penso que a qualidade incrível da Reserva 2008 é um testamento à qualidade do vinho e à sua capacidade de envelhecimento em garrafa. É um vinho redondo, muito bem equilibrado, no nariz a sobressair a Touriga Nacional e que pede mais.
As colheitas seguintes apesar de mais jovens e frescas, acabam por talvez casar melhor com refeições, mas claro, o tempo ditará a execução do potencial máximo destes vinhos.
Destaque para a Reserva de 2013, também muito bem equilibrado mas com mais taninos, um vinho fabuloso e muito fácil de beber mas ainda com grande potencial por realizar. Sem dúvida vinhos que pode comprar para a sua garrafeira privada e abrir um dia mais tarde.
A Reserva 2015, que ainda não está no mercado, apesar de muito jovem e fresco, considero que se revela para já um grande vinho. Ainda muito potencial para envelhecer, mas sobretudo um vinho que demonstra já algumas das virtudes dos seus irmãos mais velhos. Uma referência a adquirir e a guardar quando for lançado.
Foi um prazer visitar a Quinta da Romaneira e conhecer um pouco melhor não só esta grande casa mas também estes grandes vinhos. Qualquer bom homem apreciador de bons vinhos irá apreciar as referências e se algum dia tiver a oportunidade de visitar a Romaneira não a deixe escapar pois é uma grande experiência.
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